quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Colagem ( 15/09/2012)

O que ouvi me estremeceu; por mais que possa parecer que não me importo, não é bem assim. Penso, sinto, sofro. Subitamente, uma angústia tomou meu coração. Às vezes, a punhalada vem daquele que se diz seu amigo, palavras tão mortais quanto um tiro à queima-roupa; aqueles em quem você confia são os fantasmas que atormentam, instaurando a insegurança e o caos. Lembro de linhas que diziam" lá no fundo do buraco e não sei se posso ser salvo/Veja meu coração eu o decoro como um túmulo...me sentindo tão pequeno, eu gostaria de voar, mas minhas asas foram rejeitadas"...ah, seu eu tivesse mais tempo, eu conversaria com todos mais frequentemente...se eu tivesse mais tempo...mas logo o meu tempo se acabou...
A vida muda de figura, uma virada, outras coisas em mente, tentando não perder o foco...e é tão difícil achar as palavras, meus pensamentos estão agitados, inquietos...tudo é tão disforme que não consigo identificar as imagens.
Como posso perder o que nunca tive? Os oceanos derivam e eu vou junto...fiquei sem rumo, indubitavelmente...o choque com a realidade foi duro. A pressão constante testa minha vontade ou a falta dela...meu autocontrole escapa e as cicatrizes aparecem. Toda dedicação não parece ser suficiente, porque todos querem mais, porque tudo não é suficiente...por que me sinto tão entorpecido? Talvez eu nunca compreenda.
Como posso ficar livre? Sou eu mesmo? Sou quem eles querem que eu seja? Procuro essas respostas, junto com todo o conhecimento que poderia encontrar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário