segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Primavera (escrita 18.12.2014)

As flores brotam no jardim
Começam a florescer
Assim como as novas sensações
Que trazem um novo amanhecer.
Uma voz com a suave brisa vespertina
Ecoa em minha mente
Acalma o coração
Alegra a vida fremente.
Meus olhos te viram
Doce primavera
E não mais serão os mesmos
E quem me dera?
Indizível prazer chega
Inunda-me com tua fragrância singular
Penetra em meu ser
Muda meu modo de pensar.
Caminhar pelos teus campos
Floridos, que prazer
E saber que inesperadas maravilhas
É o que vens me trazer.
O que o amanhã nos trará
Não sabemos, decerto
O que sei, charmosa primavera
É que te desejo bem perto.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Tempo, o que é o tempo? ( escrito em 13-05-2014

Eu sempre recordo
Do frescor do outono
Em que vejo as folhas flutuarem
No caminho para casa.
Devemos aproveitar as oportunidades
Pois o tempo passa tão rápido
E sequer conseguimos escutar
Seu solene chamado.
O relógio na parede
Marca seus passos acelerados
Mostrando que não existe
Mais tempo a perder.
O tempo passa, rápido
E o que nos resta então?
Sabemos que tudo aquilo
Plantado será colhido.
Mas o que nos resta então?
A não ser velhas novidades
Para as quais não tenho tempo
Para sequer recordar.
Há tempos que procuramos
Respostas para as perguntas
Que martelam e permanecem
Totalmente insondáveis.
Eu penso que preciso saber:
Onde perdemos o controle do tempo?
Na verdade, nunca tivemos
E estávamos enganados.
E, por vezes, as horas passam
Voam, nos enclausuram
E queríamos ter mais tempo
Para fazer escolhas.
Cada coisa tem seu tempo
Determinado, mas volátil
Que se esvai a cada instante
Que olhamos para o relógio.
Qualquer tempo, um tempo qualquer
Que nos traga de volta
À nossa realidade
É tudo que precisamos agora.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Tempo (27/12/2013)

Muitas razões caindo
Algumas são muito boas
Outras, nem tanto
E se perdem todas
Pois tudo é igual
O tempo inteiro.
Para aquilo que vale a pena
O tempo não para
Mas para o tempo
Com o beija-flor no ar
Que busca, enfim
O doce néctar
Voando, longe, longe.
Passo pelas ruas da cidade
E as vejo devastadas
E a esperança parece desvanecer
Prefiro não pensar nisso
Porque dilacera meu coração.
Coisa difícil é reconstruir
E deixar o resto de lado
Algo acontece:
Meu coração precisar  ficar firme
As paredes estão rachadas
E não consigo ler
Os avisos que foram deixados.
Sinto a necessidade
De encontrar meu caminho para casa
Talvez o impossível
Poderia acontecer
Eu te amaria, se pudesse
Mas minha mente não está pronta
Motivada pela dor da decepção.
Eu faria um brinde
E saudaria o mundo
Mas tudo quer era alegre
Ficou preso
Em algum lugar do passado
O mundo é frio
E está à deriva.
Ninguém tem as respostas
Para todas as questões do mundo
Imagens da cidade correm
E não sei onde estou
Ou pra onde irei
A esperança não volta.
O tempo não para
Já ouvimos isso antes
O que nos resta
São reminiscências da juventude
Congeladas, inertes
Numa foto na parede.
E você pode se perguntar
Onde se foram os bons
E velhos tempos?
Olhares sem brilho, luzes apagadas
As cores desbotam no retrato
Maltratado pelo tempo.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Rose , a rainha das flores ( composta a pedido do meu amigo Bruno PBS, para o aniversário de sua mãe, Rosemary (10/05/2013)

Rose, a rainha das flores
Rosa única, singular
Traz à família alegria sem par
Perfumando com suas cores.

Rose, a rainha do lar
Que tudo faz florescer
E faz o provérbio valer
Mulher igual a ti, não há.

Rosa que adorna a existência
de todos ao redor, com carinho
Levando-os consigo ao seu ninho
Iluminando-os com tua sapiência.

Como toda rosa, espinhos tem
Espinhos que são defesa
Mas não escondem a beleza
Daquela que a todos quer bem.

Forte mulher, frágil também és
Como uma rosa também chora
Mas com um sorriso desabrocha
Tendo sucesso ou revés.

Esposa, mãe, mulher com vigor
Irada, falante ou silente
Traduz em si mesma, simplesmente
A essência perfeita do amor.

Do jardim, linda flor
Amada, contemplada, querida
Jamais encontraremos na vida
Flor mais bela do Senhor.

domingo, 28 de julho de 2013

O que há, então? (22/07/2013)

O que há, então?
Não consigo definir
Se o senso de direção
Aponta para o lugar certo.
O dia amanhece
E a escuridão o encobre
Então a dor interna
Torna-se visível.
Existem tantas formas
De elevar um homem
Mas uma só palavra
Vem e o destrói.
Não tente analisar
Minhas palavras, minha conduta
Só porque você sabe meu nome
Não quer dizer que me conhece.
Não pergunte se não deseja ouvir
Enfim, as respostas
Não busque significados ocultos
Em lugar da crua verdade.
É hora de deixar para trás
As coisas que perdi
Pelo caminho
O tempo que não volta .
Não posso viver no passado
O presente me consome
Todas as coisas passarão
E verei o que acontece.

Todas estas páginas vazias(15/01/2012)

Todas estas páginas vazias
São minha vida agora
Siga em frene. Seguir o quê?
Nada. Nada é
O que sinto aqui dentro.
Que seja. Não me importo.
Nada faz sentido.
O que faz sentido?
Normalidade é irreal.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Parado, pensando, escrevendo...( 21/06/2013)

Nem sempre é fácil estar bem. Nem sempre é simples dormir, sonhar. E assim nossa amargura, nossos medos, nos tomam de assalto e não sabemos o que fazer. Nossas decisões acabam sendo infundadas, inconsequentes...e nos trazem profundo arrependimento...e gostaríamos que, por um instante, o vento levasse as nuvens e a dor embora, mas elas permanecem.
Mas há uma luz que nunca se apaga. Os ventos e as estações mudam, transformam o clima. Olhamos para todos os lados e, quando pensamos que está tudo acabado, ali está ela. Amigos com palavras de ânimo, o simples nascer do sol trazem o vento da mudança. O rumo das coisas à nossa volta começa a mudar. O nosso semblante muda. Percebemos que, apesar de tudo, ela sempre está lá, mesmo escondida no quarto escuro do nosso coração. E, nos momentos mais difíceis, ela aparece fulgurante.
Qual o seu nome? ESPERANÇA.