sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Poeisa, 28/12/2010

Depois de algum tempo de inatividade, publico mais alguma coisiinha.


Estou esperando perto do telefone
Esperando que você venha
E me diga que não estou sozinho
Diga que se sente como eu.
Tua ausência me maltrata
busco teu rosto em cada face
nas ruas, tudo lembra você
Como gostaria que estivesse aqui.
Tento não pensar
mas você permeia minha mente
Não consigo escapar deste sentimento
Não quero fugir dele.
Longe de você, o tempo para
Tudo fica sem graça
Procuro tuas mensagens
Para acalmar meu coração.
Uma coisa de cada vez
Podemos fazer isso
Podemos ser tão bons juntos
Juntos, podemos ter o mundo
Simplesmente tendo um ao outro.

sábado, 13 de novembro de 2010

Previsões futebolísticas

Mais uma rodada decisiva no Brasileiro. Hoje o meu Timão tem parada indigesta no Pacaembu: o Cruzeiro ´um time muito complicado de ser batido, mas vamos lá averiguar " in loco", se tudo der certo, rumo à liderança. O outro postulante ao título, o Fluminense deve ter moleza contra o Goiás.
Vamos ver se o goianos seguram pelo menos um empate, mas o Timão tem de ganhar hoje, sem falta!
Frio violento hoje!!!!!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O jogo da amarelinha, de Julio Cortázar

Uma das coisas mais lindas que já li em toda minha vida.



Toco a tua boca, com um dedo toco o contorno da tua boca, vou desenhando essa boca como se estivesse saindo da minha mão, como se pela primeira vez a tua boca se entreabrisse e basta-me fechar os olhos para desfazer tudo e recomeçar. Faço nascer, de cada vez, a boca que desejo, a boca que a minha mão escolheu e te desenha no rosto, uma boca eleita entre todas, com soberana liberdade eleita por mim para desenhá-la com minha mão em teu rosto e que por um acaso, que não procuro compreender, coincide exatamente com a tua boca que sorri debaixo daquela que a minha mão te desenha.
Tu me olhas, de perto tu me olhas, cada vez mais de perto e, então, brincamos de cíclope, olhamo-nos cada vez mais perto e nossos olhos se tornam maiores, aproximam-se, sobrepõem-se e os cíclopes se olham, respirando indistintas, as bocas encontram-se e lutam debilmente, mordendo-se com os lábios, apoiando ligeiramente a língua nos dentes, brincando nas suas cavernas, onde um ar pesado vai e vem com um perfume antigo e um grande silêncio. Então, as minhas mãos procuram afogar-se nos teus cabelos, acariciar lentamente a profundidade do teu cabelo enquanto nos beijamos como se tivéssemos a boca cheia de flores ou de peixes, de movimentos vivos, de fragância obscura. E, se nos mordemos, a dor é doce; e, se nos afogamos num breve e terrível absorver simultâneo de fôlego, essa instantânea morte é bela. E já existe uma só saliva e um só sabor de fruta madura, e eu te sinto tremular contra mim, como uma lua na água. (O Jogo da Amarelinha. Julio Cortázar.)

ENEM

Será que alguém ainda acredita no ENEM?

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Robert Herrick

Um poema grandioso, que nos mostra como devemos encarar a vida.


Às Virgens, pra que aproveitem o tempo – Robert herrick


Peguem seus botões de rosa enquanto podem 
O velho tempo ainda está voando 
E essa mesma flor que hoje sorri 
Amanhã estará morrendo. 

O glorioso farol do paraíso, o sol 
Quanto mais alto fica 
Mais cedo sua corrida tem fim 
E mais próximo fica do objetivo. 

Aquela idade é melhor, a que é a primeira 
Onde juventude e sangue são mais quentes, 
Mas, ao serem gastos, o pior, e piores 
Tempos sucedem o anterior. 

Então não sejam recatadas, mas usem seu tempo; 
E, enquanto podem, vão se casar: 
Porque, ao perderem apenas uma vez a flor da juventude 
Pra sempre ficarão esperando.    ,

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Como eu sou( trecho Dream Theater)

A aqueles que entendem, eu estendo minha mão
Aos duvidáveis eu exijo, me aceitem como eu sou
Não estou sob o seu comando, eu sei onde piso
Eu não mudarei para me encaixar no seu plano, aceite-me como eu sou.



quarta-feira, 3 de novembro de 2010

11/05/2010 ( Data da poesia)

Por que me sinto tão entorpecido?
Será que tua presença me faz tanta falta?
Tento olhar para o futuro sem pensar no passado
Mas os ressentimentos me impedem.
Sob os céus cinzentos
Levantei minhas mãos e chorei
Não consegui simplesmente dar mais um passo
Tudo o que fiz foi seguir para o abismo.
Como cheguei até aqui?
Deve ser algo de onde eu vim
Sinto que estou em perigo constante
E sinto que não estou pronto.
Preso dentro de mim mesmo
Correntes pesadas me sufocam
Engolido por meus próprios medos
Reflexos de uma nefasta realidade.
As mentiras, condenáveis e traiçoeiras
É, tudo já foi dito
E como você pode dizer
Que é inocente, Depois de ver que chorei tantas lágrimas
E do preço alto que nosso amor pagou?
É, não pode dizer que é inocente.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Ashes to ashes, by Faith No More

Como um bom apaixonado por música, segue o link de um vídeo magnífico do Faith No More, da música " Ashes to Ashes".

http://www.youtube.com/watch?v=CPh8yGUnWog

Poesia, mais uma

Eu preferiria morrer
Do que viver com a ideia
De perder você.
O mundo parece querer
Sufocar meus gritos sofridos
O silêncio engole minhas palavras
Proferidas, em altíssimo volume.
Há esperança?
Há luz?
Ou somente presenciamos
A morte da minha vida?
Não me importo com nada
A não ser você
Exclusivamente, tua presença
Pode acalmar meu sofrer.
Eu sigo, trôpego, pelas ruas
De uma cidade que eu conhecia
Como conheço a mim mesmo
Mas as ruas mudaram.
Não há outro lugar
Em que eu queira estar
Desde que seja do teu lado
É um lugar perfeito.
Quando você chega
Que sensação inebriante
Irrompe em mim
Deixando-me ardendo em chamas.
Falo do que sinto e penso
E do que sei e conheço
E quero conhecer-te mais 
E mais, conectar-me a você.
Quanto mais chego perto
Tudo faz mais sentido
E os sentidos aguçados
Desejam-te mais.
Há um caminho para a razão
E um caminho para a perdição
O melhor caminho é o que converge
Para o teu coração.

Mensagem

Há três coisas que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra proferida e a oportunidade perdida.

sábado, 30 de outubro de 2010

Dica cultural

Assisti ontem à peça " O quarto do nada". Muito legal. Assistam, vale a pena. Só de sexta-feira, à meia-noite, no Espaço Parlapatões, ali na Praça Roosevelt.

" A noite", por Danilo ( escrita em 23/11/2009)

E quando o vento batia 
Então, em volta se formava um pó
 
Que descia das estrelas
 
Que reluziam, languidamente.
 
E se formou a noite
 
Com este pó jorrado pelos astros
 
Que faziam repousar os deuses
 
Com seu doce veneno.
 
Que fervor se pode ver
 
Que calor se pode sentir
 
Ao entrar na soturna noite
 
E dela nunca mais sair.
 
Delícias, delírios, deleites
 
Prazeres, amores, loucuras
 
Tudo isso nos propicia a noite
 
Que exala seu eterno encanto.
 
Que alma não se dobra
 
Que estação não se rende
 
Às malícias noturnas
 
Que dominam as mentes?
 
Noites estranhas se seguem
 
Umas após as outras
 
Não desvanecem, não permitem
 
Que ninguém esqueça sua imperiosa vontade.
 
Sim, há mais elementos
 
Que demonstram aos viventes
 
A supremacia da noite
 
Sobre o frágil dia.
 
A lua, as estrelas, a névoa
 
A imponência magnética
 
Cerra as cortinas
 
E começa o espetáculo.
 
Poucos entendem o porquê
 
Do poder febril
 
A noite lança seus tentáculos
 
E ninguém pode deles escapar.
 

Por que estou aqui?

Depois de algumas pessoas me dizerem que deveria escrever (porque, de alguma forma, elas acham que escrevo bem), decidi expor aqui meus pensamentos e algumas poesias que escrevi. Sou apaixonado por leitura, por esportes, por entretenimento e essa é a minha proposta aqui: falar um pouco sobre tudo e contar com a participação dos amigos.