quinta-feira, 7 de julho de 2011

Aliteração ( esse é um desafio) 03-07-2011

Se fosse um fosso adiante
Não faria diferença
Há tanto que faço
Falha-me a memória.
Flores sempre aparecem
Fragrâncias, nem sempre
Francamente, o que pensa
Flagrante devaneio?
Fica claro desde o início
Clareza não é o forte
Crises de consciência
Criam clausuras na cabeça.
Ondas levam todo pensamento
Lívido, ou levam o corpo
A lugares, lâminas, lagos largados
Ao longo de uma estrada distante.
Petrificado pela ansiedade
Perplexo pelo medo
Apetrechos pelos caminhos
Pegando as palavras soltas ao vento.
Lentamente caminho pela via
Na qual vi, pela primeira vez, o rosto teu
Vivi sensações estranhas
Como se visse o sonho meu.
Sentidos atordoados
Sentimentos renegados
Serviço completo
Sempre inacabado.
Uma luz que não se apaga
Afaga a mente obscura
Aquele afã de fazer coisas
Acaba assim que acordo.
Telas descoloridas
Tentam abater
Com tétricas visões
Que temem a realidade.
É inconcebível não mudar, não posso ser
Inconstante, mas firme
Pois seria incongruente
Com meu incomparável destino.
É tão importante
Imperioso saber
Que nada mais impede
Sou impelido a ser feliz.

Abertura (01/07/2011)

Estou aberto
Meu coração está aberto
Minha alma, exposta
Esta exposição me consome.
Há tanto a dizer
Sonhos e anseios
Há tanto cuidado
Mas ainda hesito.
Quero te dizer
Você é o que mais quero
Mas me pergunto
O que você quer de mim?
Podemos ser tão bons juntos
Se você soubesse
O quanto meu coração ingênuo
Anseia por isso.
Jamais me deixaria
Sozinho, olhando para o papel
Tentando te mostrar
O que significa para mim.
Todos os sinais
De uma certeza fervorosa
Estão bem presentes
Ao longo do caminho.
Isso cresce pouco a pouco
Mas de modo intenso
Traz paz interna à mente
E mantém o sonho vivo.