terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Tempo (27/12/2013)

Muitas razões caindo
Algumas são muito boas
Outras, nem tanto
E se perdem todas
Pois tudo é igual
O tempo inteiro.
Para aquilo que vale a pena
O tempo não para
Mas para o tempo
Com o beija-flor no ar
Que busca, enfim
O doce néctar
Voando, longe, longe.
Passo pelas ruas da cidade
E as vejo devastadas
E a esperança parece desvanecer
Prefiro não pensar nisso
Porque dilacera meu coração.
Coisa difícil é reconstruir
E deixar o resto de lado
Algo acontece:
Meu coração precisar  ficar firme
As paredes estão rachadas
E não consigo ler
Os avisos que foram deixados.
Sinto a necessidade
De encontrar meu caminho para casa
Talvez o impossível
Poderia acontecer
Eu te amaria, se pudesse
Mas minha mente não está pronta
Motivada pela dor da decepção.
Eu faria um brinde
E saudaria o mundo
Mas tudo quer era alegre
Ficou preso
Em algum lugar do passado
O mundo é frio
E está à deriva.
Ninguém tem as respostas
Para todas as questões do mundo
Imagens da cidade correm
E não sei onde estou
Ou pra onde irei
A esperança não volta.
O tempo não para
Já ouvimos isso antes
O que nos resta
São reminiscências da juventude
Congeladas, inertes
Numa foto na parede.
E você pode se perguntar
Onde se foram os bons
E velhos tempos?
Olhares sem brilho, luzes apagadas
As cores desbotam no retrato
Maltratado pelo tempo.

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